31 de janeiro de 2012

Tensão social faz mal à saúde


(via IMDb)
Como se reporta na Science News, o stress social causado, por exemplo, pela preparação para um exame ou pelo esforço de competir pelas atenções de alguém especial, parece aumentar o risco de inflamações.

Assim, parece ter ficado demonstrado que o aumento da presença no organismo de duas proteínas normalmente associadas às inflamações parece resultar directamente de episódios de fricção social.

Investigadores externos à pesquisa sugerem uma explicação evolucionária para este mecanismo fisiológico.

Para os nossos antepassados, as situações de stress social estavam muitas vezes associadas à possibilidade de confrontação física e consequente risco de padecer ferimentos.

Sabendo-se que a inflamação pode ter efeitos benéficos de curto-prazo relativamente à nossa capacidade de repelir corpos patogénicos, é possível que a produção das proteínas em questão como reacção a situações de stress, num momento anterior da nossa evolução, fosse benéfica.

Nos nossos dias, em sociedades relativamente pacificadas como as ocidentais, o nexo causal entre a fricção social e a ocorrência ferimentos físicos é reduzido, pelo que a razão de ser do mecanismo encontrado pelos investigadores da Escola de Medicina da UCLA se terá, em grande medida, dissipado.

Seja como for, é fácil perceber como inúmeras situações sociais causadoras de tensão e ansiedade pode reflectir-se negativamente na saúde dos indivíduos.

Nessa medida, o papel da dinamização da paz social por parte dos responsáveis comunitários (e.g. dirigentes políticos e económicos) e o esforço individual de cada um de nós no sentido de nos enquadrarmos socialmente de forma harmónica podem ter um reflexo palpável no nosso bem-estar físico.

Sem comentários: