(via IMDb) |
Como se reporta na Science News, o stress social causado,
por exemplo, pela preparação para um exame ou pelo esforço de competir pelas atenções
de alguém especial, parece aumentar o risco de inflamações.
Assim, parece ter ficado demonstrado que o aumento da
presença no organismo de duas proteínas normalmente associadas às inflamações
parece resultar directamente de episódios de fricção social.
Investigadores externos à pesquisa sugerem uma explicação
evolucionária para este mecanismo fisiológico.
Para os nossos antepassados, as situações de stress social
estavam muitas vezes associadas à possibilidade de confrontação física e
consequente risco de padecer ferimentos.
Sabendo-se que a inflamação pode ter efeitos benéficos de
curto-prazo relativamente à nossa capacidade de repelir corpos patogénicos, é
possível que a produção das proteínas em questão como reacção a situações de
stress, num momento anterior da nossa evolução, fosse benéfica.
Nos nossos dias, em sociedades relativamente pacificadas como
as ocidentais, o nexo causal entre a fricção social e a ocorrência ferimentos
físicos é reduzido, pelo que a razão de ser do mecanismo encontrado pelos
investigadores da Escola de Medicina da UCLA se terá, em grande medida,
dissipado.
Seja como for, é fácil perceber como inúmeras situações sociais
causadoras de tensão e ansiedade pode reflectir-se negativamente na saúde dos
indivíduos.
Nessa medida, o papel da dinamização da paz social por
parte dos responsáveis comunitários (e.g. dirigentes políticos e económicos) e o
esforço individual de cada um de nós no sentido de nos enquadrarmos socialmente de forma
harmónica podem ter um reflexo palpável no nosso bem-estar físico.
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